"Hoje os líderes do G7 revelaram estar unidos em condenar o ultrajante ataque à Ucrânia independente", vincou Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social Twitter após uma reunião por videoconferência do grupo dos países mais industrializados do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) mais a União Europeia (UE).
"Juntos iremos adotar sanções massivas para garantir que Putin pague um preço pesado por esta agressão", prometeu a presidente do executivo comunitário.
Os chefes de Estado e de Governo da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia.
Esta manhã, Ursula von der Leyen anunciou novas "sanções pesadas" contra a Rússia após a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia, avisando que o Presidente russo para "não subestimar" a UE.
Numa declaração à imprensa, a responsável explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam "setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia".
"Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus", visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, "afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra", explicou.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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