"Discuti com António Guterres a invasão militar russa injustificada e não provocada da Ucrânia. Sublinhei a necessidade de proteger o direito internacional e sublinhei a necessidade de responsabilizar a Rússia", afirma Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter.
No dia em que Moscovo ordenou uma operação militar em grande escala na Ucrânia, que arrancou esta madrugada, Charles Michel vinca que "a União Europeia [UE] irá responder com sanções massivas e severas", que serão discutidas pelos líderes europeus hoje à noite, numa cimeira extraordinária em Bruxelas.
"A UE apoiará uma Ucrânia soberana e independente", adianta Charles Michel.
Os chefes de Governo e de Estado da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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