As ações russas "não só minam a paz e a estabilidade regional e mundial, como também prejudicam a ordem internacional", de acordo com um comunicado.
Taiwan "defende os valores universais da democracia e da liberdade", acrescentou a diplomacia taiwanesa, adiantando que vai participar "nas sanções económicas internacionais contra a Rússia".
Por seu lado, o Ministério da Defesa anunciou que nove aviões militares chineses entraram naquela que Taipé considera a zona de identificação de defesa aérea (ADIZ), no sudoeste do arquipélago.
Neste "momento delicado" em que a Rússia iniciou uma ofensiva na Ucrânia, a Força Aérea de Taiwan respondeu com o envio de uma patrulha aérea para "localizar e expulsar" os aparelhos provenientes do outro lado do estreito da Formosa, indicou o Ministério.
Esta semana, fontes das forças de segurança da ilha, citadas pela imprensa local, alertaram que Pequim podia aproveitar a situação na Ucrânia para começar ações para convencer os taiwaneses que os Estados Unidos "não vão honrar o compromisso de defender" a ilha e "semear a divisão".
A China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, na sequência da derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e intensificou a pressão militar, diplomática e económica sobre a ilha desde que a atual líder, Tsai Ing-wen, chegou ao poder em 2016.
A ilha é um dos principais pontos de divergência entre a China e os Estados Unidos, que fornece armas a Taiwan e seria o maior aliado militar em caso de conflito bélico com Pequim.
De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, cerca de mil aviões enviados por Pequim entraram, no ano passado, na ADIZ, um número que representa perto do triplo das incursões registadas em 2020, quando as autoridades da ilha começaram a contabilizar estas manobras.
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