Ucrânia. Protestos no Canadá, México e Peru pedem fim da invasão russa

Manifestações nas ruas das capitais do México e do Peru e em Montreal, uma das principais cidades do Canadá, pediram, na sexta-feira, o fim da invasão russa da Ucrânia.

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Lusa
26/02/2022 06:45 ‧ 26/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Apesar de uma tempestade de neve, dezenas de pessoas reuniram-se junto ao consulado-geral da Rússia em Montreal para exigir ao Presidente russo, Vladimir Putin, que "tire as mãos da Ucrânia".

"Espero que seja o início do fim deste regime, mas este é um preço alto a pagar", disse uma engenheira russa Elena Lelièvre, de 37 anos.

Ivan Puhachov, estudante ucraniano na Universidade de Montreal, pediu o envio de mais equipamento militar para a Ucrânia, onde tem a família.

"As sanções económicas, é claro, funcionarão, mas em algumas semanas, em alguns meses... O nosso povo está a morrer por causa da pouca ajuda que estamos a receber", disse o jovem, de 25 anos.

Nos últimos dias, manifestações também foram organizadas em Halifax, Winnipeg, Vancouver e em Toronto, onde a câmara municipal hasteou uma bandeira ucraniana, enquanto alguns locais, incluindo as cataratas do Niágara, foram iluminados com as cores da Ucrânia, amarelo e azul, em apoio ao país europeu.

Várias províncias canadianas, incluindo Quebeque e Ontário, anunciaram a retirada de produtos da Rússia, nomeadamente vodka, das lojas de bebidas.

No Peru, junto à embaixada russa em Lima, dezenas de ucranianos e peruanos pediram paz e "liberdade para a Ucrânia" e o fim da intervenção militar russa.

"É importante que se saiba que a Rússia começou a guerra. Por favor, tenham cuidado com as notícias: a Ucrânia não quer guerra, quer paz", disse Antón, um jovem ucraniano residente em Lima.

Na sexta-feira, o Presidente do Peru, Pedro Castillo, ordenou o envio de um avião do Ministério da Defesa para retirar centenas de peruanos da Ucrânia.

Também na sexta-feira, dezenas de cidadãos ucranianos manifestaram-se junto ao monumento do Anjo da Independência, no centro da Cidade do México, acusando Putin de crimes de guerra.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: António Guterres. Soldados devem regressar "aos seus quartéis"

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