As medidas incluirão o controlo das exportações de armas que possam ser usadas contra a Ucrânia, o bloqueio de alguns bancos russos e certas transações financeiras com a Rússia, disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, Vivian Balakrishnan, antecipando que mais pormenores sobre estas sanções serão revelados em breve.
"Há momentos em que é preciso tomar partido, mesmo que seja contra uma ou mais potências, como estamos a fazer agora", disse hoje o ministro durante discurso no Parlamento, sem apontar explicitamente algum país.
Singapura tem uma forte dependência económica da China - país que tem estreitado os laços com a Rússia nos últimos anos -, que é o principal seu parceiro comercial há quase uma década.
O ministro sublinhou que as medidas "terão um custo e implicações" para os empresários e cidadãos de Singapura, que acolhe inúmeros bancos de todo o mundo e multinacionais.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram pelo menos 352 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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