O comboio "estende-se dos arredores do aeroporto de Antonov, cerca de 25 quilómetros do centro de Kiev, no sul até aos arredores de Prybirsk no norte", disse a empresa norte-americana de imagens de satélite Maxar, num e-mail na segunda-feira à noite.
O aeroporto tem sido palco de violentos confrontos desde o início da invasão russa da Ucrânia, com o exército do Presidente russo, Vladimir Putin, a tentar ocupar esta infraestrutura estratégica para a captura da capital.
No comboio, capturado por imagens de satélite, que se estende por cerca de 64 quilómetros, "alguns dos veículos estão muito afastados, e noutras partes do comboio o equipamento militar está posicionado a dois ou três metros de distância", acrescentou a Maxar.
Imagens do comboio mostram dezenas e dezenas de veículos alinhados uns atrás dos outros nas estradas do campo ucraniano, por vezes com fumo nas proximidades, vestígios de incêndios de construção, de acordo com a empresa.
A empresa norte-americana está também a mostrar imagens de novos destacamentos de tropas, helicópteros de ataque e veículos terrestres, na Bielorrússia, a menos de 30 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Desde o início da ofensiva russa na quinta-feira, as forças ucranianas têm defendido o acesso ao centro de Kiev por parte das forças russas, cujo avanço continua a "abrandar" no quinto dia da invasão e que se estão a reunir em torno da capital.
De acordo com duas fontes, uma diplomática e outra de segurança, citadas na segunda-feira pela agência de notícias France Presse, Moscovo prepara-se para lançar um novo impulso militar.
Na segunda-feira, a principal coluna russa a avançar em direção à capital ucraniana "deslocou-se cerca de cinco quilómetros" e está "a cerca de 25 quilómetros" da cidade, indicou um responsável da defesa dos Estados Unidos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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