A porta-voz do executivo espanhol, Isabel Rodríguez, anunciou a aprovação pelo Conselho de Ministros de uma declaração institucional onde a Espanha se vai alinhar com a decisão adotada pelo Conselho da União Europeia sobre a concessão de proteção temporária aos ucranianos no caso de um afluxo maciço de pessoas deslocadas.
Madrid também irá apoiar medidas que promovam "um esforço equitativo" entre os Estados-membros para receber estas pessoas e assumir as consequências do seu acolhimento.
No que diz respeito aos cidadãos ucranianos que já vivem em Espanha, Rodríguez insistiu que serão adotadas as medidas necessárias para garantir que eles possam permanecer e trabalhar no país e ter acesso a cuidados de saúde e educação, bem como à assistência social correspondente.
A porta-voz do governo reiterou a "rejeição absoluta" da ação militar da Rússia na Ucrânia e salientou que "a unidade é a melhor arma que temos contra a guerra de Putin".
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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