Cáritas pede corredores humanitários urgentes para entregar apoios
O presidente da Caritas Europa, Michael Landau, pediu hoje a "abertura urgente de corredores humanitários para a Ucrânia, para que a ajuda humanitária possa chegar à população" afetada pela guerra desencadeada após a invasão da Rússia.
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Mundo Ucrânia
"Esta crise necessita de acesso e espaços seguros para a ajuda dos trabalhadores humanitários, assim como garantia de segurança para os civis", disse Landau numa conferência de imprensa realizada hoje por diversas delegações da Cáritas, para abordar a situação na Ucrânia, que vive o sexto dia de conflito, após a invasão da Rússia.
O presidente apelou à solidariedade europeia agora e não quando os efeitos forem maiores: "Estamos a assistir a uma catástrofe humanitária. É importante lembrar que não se trata de petróleo, gás, assuntos militares ou políticos, mas principalmente do sofrimento de mulheres, crianças e homens".
Landau também se referiu aos refugiados que vão chegar à Europa por causa do conflito e que já ascendem a 660 mil deslocados, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
"Temos de nos preparar para acolher as pessoas que vão ser obrigadas a procurar refúgio na União Europeia, sem discriminação", disse.
Por sua vez, o diretor executivo da Cáritas-Spes Ucrânia, Vyacheslav Grynevych, anunciou que a organização já apoiou 4.200 pessoas, que receberam "alojamento temporário em abrigos" montados em cinco cidades do país.
Sobre a chegada de mantimentos, a presidente da Cáritas Ucrânia, Tetiana Stawnychy, explicou que "há um problema geral com o abastecimento, pelo que, às vezes, pode ser ainda mais fácil trazer coisas, como cobertores e colchões, do exterior" do que encontrá-los no próprio país.
"Mantimentos médicos também são necessários", acrescentou Stawnychy.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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