Numa sessão extraordinária do parlamento, Zarkov foi eleito por uma larga maioria, de 184 deputados, enquanto 33 deputados abstiveram-se na votação.
A saída de Yanev, a quem o primeiro-ministro pediu para apresentar o pedido de demissão, causou controvérsia no seio da coligação governamental de quatro partidos liderada pelo reformista e pró-europeu Kiril Petkov.
De acordo com a imprensa búlgara de hoje, o Partido Socialista, considerado próximo da Rússia, votou contra a demissão de Yanev no Conselho de Ministros.
Yanev, de orientação pró-russa, foi primeiro-ministro de um governo de tecnocratas entre maio e dezembro e é próximo do Presidente, Rumen Radev, que por sua vez é considerado pró-russo e apoiado pelos socialistas.
O novo ministro da Defesa, de 47 anos, que aceitou a proposta de nomeação esta manhã, é diplomata de carreira, com mais de 20 anos de experiência no Ministério dos Negócios Estrangeiros e em organismos como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a NATO.
"A Bulgária é membro da NATO. A NATO não é uma palavra suja e, se for necessária uma nova mobilização da Aliança, será feita através de um procedimento claro e todos nos sentiremos mais seguros", disse hoje o novo ministro da Defesa no parlamento.
Questionado sobre como qualifica o que está a acontecer neste momento na Ucrânia, Zakov respondeu que "é claro que se trata de uma agressão (russa)" e que ali "está a ser travada uma guerra neste momento".
"O que a NATO fez nos últimos meses foi um esforço sem precedentes para manter a Rússia na mesa das negociações. A guerra começou numa altura em que a porta do diálogo ainda estava aberta", disse o novo ministro.
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