Biden promete abrandar inflação e ajudar país a viver com Covid-19

O Presidente norte-americano prometeu controlar a subida da inflação nos EUA e anunciou novas medidas para controlar a pandemia da covid-19.

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Lusa
02/03/2022 06:40 ‧ 02/03/2022 por Lusa

Mundo

EUA

 

"Graças ao progresso que fizemos neste passado ano, a covid-19 já não tem de controlar mais as nossas vidas", disse Joe Biden, no primeiro discurso sobre o Estado da União, na terça-feira à noite, o tradicional pronunciamento anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso.

Biden anunciou a iniciativa 'Testar para Tratar', que irá permitir aos norte-americanos fazerem um teste à covid-19 em farmácias e, em caso de resultado positivo, receber medicamentos antivirais, de forma gratuita.

Paxlovid, o antiviral da farmacêutica norte-americana Pfizer contra a covid-19 para tratar doença grave, foi já aprovado pelos reguladores dos EUA e da UE.

"A Pfizer está a fazer horas extraordinárias para nos entregar um milhão de comprimidos este mês e mais do dobro disso no próximo mês", disse Biden.

O Presidente norte-americano confirmou ainda que os EUA irão libertar 30 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas, numa medida de curto prazo para reduzir o preço dos combustíveis e controlar a subida da inflação.

Em janeiro, a inflação nos Estados Unidos atingiu 6,1%, na comparação anual, a taxa mais alta desde 1982.

Analistas e reguladores financeiros avisaram que a inflação pode acelerar ainda mais, depois de a cotação do petróleo nos mercados internacionais ter ultrapassado hoje 110 dólares (99 euros) por barril.

A longo prazo, defendeu Biden, a melhor forma de combater a inflação é reduzir os custos de produção através da aposta em bens e serviços feitos nos EUA, "em vez de depender de cadeias estrangeiras de abastecimento".

O Presidente norte-americano anunciou que até ao final de 2022 vão ser reparadas mais de 65 mil milhas (104 mil quilómetros) de autoestradas e 1.500 pontes, no âmbito de um plano de investimento aprovado pelos democratas e republicanos.

"Vamos ter a década da infraestrutura (...) e colocar-nos no caminho para vencer a competição económica do século 21 com o resto do mundo, particularmente com a China", disse Biden.

"Como disse ao [Presidente chinês,] Xi Jinping, nunca é boa ideia apostar contra o povo americano", acrescentou.

Biden apelou ao apoio dos republicanos para várias medidas, incluindo benefícios fiscais para a conversão climática de habitações e empresas e a duplicação da produção de eletricidade a partir de energia solar e eólica.

O Presidente norte-americano pediu ainda a aprovação de um aumento do salário mínimo para 15 dólares (13,5 euros) por hora e de uma redução para metade do custo dos infantários e dos jardins de infância para a maioria das famílias.

Leia Também: França regista mais 209 óbitos e 79.794 casos de Covid-19

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