Mãe russa tenta acalmar criança presa por protestar contra a guerra
Num vídeo partilhado pela socióloga Alexandra Arkhipova, é possível ver uma mãe russa, Ekaterina Zavizion, a tentar explicar à filha por que razão tinham sido presas pela polícia por se oporem à guerra de Vladimir Putin.
Mundo Guerra na Ucrânia
Um grupo de crianças do ensino primário foi detido por estar a participar numa manifestação contra a invasão russa à Ucrânia. Num vídeo partilhado pela socióloga Alexandra Arkhipova, é possível ver uma mãe russa, Ekaterina Zavizion, a tentar explicar à filha por que razão tinham sido presas pela polícia por se oporem à guerra de Vladimir Putin.
Alexandra Arkhipova relatou o horror vivido quando as mães Ekaterina Zavizion e Olga Alter e os respetivos filhos Sofya Gladkova, sete anos, Liza Gladkova, 11 anos, Gosha Petrov, 11 anos, Matvey Petrov, nove anos e David Petrov, sete anos, foram detidos por oficiais russos por "tentarem colocar flores na embaixada da Ucrânia". As crianças traziam nas mãos cartazes que diziam "Não à Guerra".
"Os telefones foram tirados aos pais, e os polícias estão a gritar ameaçando as mães corajosas e os filhos, que as crianças poderiam ser colocadas sob cuidados [dos serviços sociais] agora, e essas mães perderiam os direitos parentais", conta Alexandra.
No vídeo, Ekaterina conversa com a filha Sofya através das grades da cela.
Em lágrimas, Sofya de sete anos questiona a mãe o motivo pelo qual as separaram. "Eles não querem muitas pessoas reunidas num espaço", explicou a mãe. "Vai ficar tudo bem, confias em mim?", diz ainda a Ekaterina perante o pedido insistente da filha para ficar junto de si.
De acordo com a socióloga que partilha os vídeos, mães e crianças já foram libertadas, mas serão apresentadas em tribunal.
A Rússia lançou, na passada quinta-feira de madrugada, uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kyiv. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo.
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