O presidente da França, Emmanuel Macron, dirigiu-se, esta quarta-feira, aos cidadãos russos que “não querem que esta guerra desprezível seja travada em seu nome” e que “defendem corajosamente a paz” dentro e fora da Rússia.
“Hoje estamos lado a lado com todos os russos que não querem que esta guerra desprezível seja travada em seu nome", começou por escrever o chefe de Estado francês, dirigindo-se aos que "defendem corajosamente a paz com espírito de responsabilidade e mostram isso na Rússia e no exterior”.
A publicação, publicada na rede social Twitter, foi escrita em russo.
Сегодня мы стоим бок о бок со всеми россиянами, которые не желают, чтобы эта недостойная война велась от их имени, в духе ответственности мужественно отстаивают мир, и заявляют об этом и в России, и за ее пределами.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) March 2, 2022
Numa outra publicação, desta vez escrita em ucraniano, Macron disse “aplaudir a coragem do povo da Ucrânia que resiste sob fogo cruzado” e dirigiu ao presidente Volodymyr Zelensky “o apoio fraterno da França”. “Ele é agora o rosto da honra, liberdade e coragem”, frisou.
Я вітаю мужність українського народу, який чинить опір під вогнем. Від імені французів я адресую Президенту Зеленському братню підтримку Франції. Він нині є обличчям честі, свободи і відваги.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) March 2, 2022
Ainda esta quarta-feira, o presidente francês condenou, em conferência de imprensa, as "mentiras" e "ofensas" do regime russo acerca do nazismo na Ucrânia.
“Não há tropas nem bases da NATO na Ucrânia. São mentiras. A Rússia não foi agredida, a Rússia é o agressor. Esta guerra é ainda menos, como a propaganda nos quer fazer querer, uma luta contra o nazismo. É uma mentira, um insulto à história da Rússia e da Ucrânia, à memória das nossas gerações que combateram lado a lado contra o nazismo", afirmou.
Recorde-se que na passada quinta-feira, a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia. Segundo os últimos dados, mais de dois mil civis ucranianos morreram desde então e cerca de um milhão de pessoas abandonaram o país.
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