"A maioria do conselho de administração da Ekho Moskvy tomou a decisão de dissolver a rádio e o site da Ekho Moskvy", escreveu o seu editor-chefe, Alexei Venediktov, na sua conta no Telegram.
Na terça-feira, as autoridades bloquearam o acesso ao Ekho Moskvy e ao canal de televisão 'online' independente Dojd, culpando-os pela maneira como estavam a cobrir a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os média russos foram proibidos de usar informações diferentes das fornecidas pelas autoridades, que apresentam a invasão da Ucrânia como uma mera "operação especial".
A Rússia é regularmente apresentada por Organizações Não Governamentais (ONG) como um dos países mais restritivos do mundo em termos de liberdade de imprensa.
O país ocupa o 150.º lugar entre 180 no último índice de liberdade de imprensa dos Repórteres Sem Fronteiras.
Ekho Moskvy, propriedade maioritária da gigante do gás Gazprom, foi criada em 1990 e estabeleceu-se como um dos órgãos de comunicação social mais respeitados do país.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
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