"As buscas estão em curso no nosso escritório em Moscovo" e "o motivo não é conhecido", afirmou a organização nas redes sociais.
Pouco antes, a emblemática organização não-governamental (ONG) de direitos humanos Memorial também tinha relatado que estava a ser sujeita a buscas policiais.
"As buscas à Memorial estão em curso na rua Karetny Riad n.º5 e na Maly Karetny n.º 12", disse o Centro de Direitos Humanos Memorial através da rede social Telegram.
Estas buscas ocorrem no mesmo dia em que os deputados russos adotaram um diploma que prevê pesadas penas de prisão, que podem chegar até aos 15 anos de reclusão, aos cidadãos que publiquem "informações enganosas" sobre o exército.
Esta votação na Duma (câmara baixa do Parlamento russo) acontece nove dias após o início da invasão russa da Ucrânia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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