Os membros da NATO rejeitaram, esta sexta-feira, o pedido da Ucrânia para o encerramento do espaço aéreo do país.
Segundo a organização, um encerramento do espaço aéreo levaria a uma guerra na Europa ainda mais ampla e cruel. "Nós não fazemos parte deste conflito e temos a responsabilidade de garantir que este não aumenta nem se alastra para além da Ucrânia", disse, segundo a Reuters, o secretário-geral da NATO.
Jens Stoltenberg disse ainda, em conferência de imprensa, que "compreende o desespero do país", mas argumentou que o encerramento do espaço aéreo levaria a "muito mais sofrimento".
Recorde-se que decorreu esta manhã de sexta-feira uma reunião extraordinária de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, com a participação dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Finlândia e da Suécia e do Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, entre outros países.
Leia Também: NATO. "É provável que os dias vindouros sejam piores, com mais mortes"