A decisão de se retirar ocorre após o guia ter atribuído, pela primeira vez, estrelas a nove restaurantes de Moscovo, em outubro passado, o que foi considerado como um elogio internacional à gastronomia russa, frequentemente desdenhada.
"Tendo em conta a gravidade da atual crise, as equipas do Guia Michelin tiveram de tomar a decisão de suspender todas as atividades de recomendação de restaurantes na Rússia", disse o 'guia vermelho' numa declaração.
"Fizemos a opção de não promover Moscovo como destino", acrescentou.
Não haverá atualização da seleção de Moscovo este ano e as publicações sobre restaurantes na seleção de Moscovo nas redes sociais e a aplicação da Miochelin também serão suspensas.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Leia Também: Spotify fecha escritório na Rússia como resposta à invasão da Ucrânia