"É impossível falar de um calendário, mas posso dizer que estamos a analisar o assunto muito, muito ativamente", afirmou Blinken à imprensa.
De acordo com Blinken, os Estados Unidos estão em "conversações muito ativas com as autoridades ucranianas (...) para uma avaliação final das suas necessidades".
"No decorrer desta avaliação, vamos ver o que nós, os nossos aliados e os nossos parceiros podemos fornecer" para fortalecer as defesas das forças ucranianas contra a invasão russa, acrescentou.
"Estamos agora a analisar ativamente a questão dos aviões que a Polónia pode fornecer à Ucrânia e a analisar como podemos compensar a Polónia se [o país] decidir avançar com esse fornecimento de aviões", acrescentou o secretário de Estado.
Vários meios de comunicação norte-americanos avançaram a possibilidade de um possível acordo entre os Estados Unidos e a Polónia para Varsóvia fornecer à Ucrânia aviões de guerra da era soviética em troca de caças F-16 norte-americanos.
"Estamos a trabalhar com os polacos nesta questão e estamos a consultar os nossos aliados da NATO", disse um responsável da Casa Branca, citado pelo Wall Street Journal (WSJ) e pela NBC.
Kyiv tem pedido aos países ocidentais que forneçam assistência militar, incluindo aviões, para se defender contra a invasão russa, que entrou hoje no 11º dia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos países da Europa de leste que lhe forneçam aviões fabricados na Rússia, já que os ucranianos sabem pilotá-los.
De acordo com o WSJ, que cita duas pessoas que participaram numa conversa virtual realizada no sábado entre o Presidente ucraniano e membros eleitos do Congresso dos Estados Unidos, Zelensky pediu caças quando o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, lhe perguntou qual o elemento de que mais necessitava.
Durante essa conversa, o Presidente ucraniano pediu também a imposição de sanções económicas mais duras à Rússia, incluindo a proibição de importações de petróleo e gás russos.
Durante a conversa, os membros eleitos do Congresso dos EUA prometeram ainda desbloquear 10 mil milhões de dólares (9,1 mil milhões de euros) para ajudar a Ucrânia.
A Casa Branca descartou, no entanto, a hipótese de proibir, nesta fase, as importações de energia russa, temendo um aumento dos preços para os consumidores norte-americanos, já afetados por uma inflação recorde.
Os Estados Unidos anunciaram na semana passada que forneceriam ajuda militar à Ucrânia no valor 350 milhões de dólares (cerca de 320 milhões de euros), o que constitui a maior ajuda militar na história dos EUA.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kyiv, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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