Segundo esta fonte, perto de 10.000 manifestantes foram detidos no país desde 24 de fevereiro, data do início das operações militares na Ucrânia.
Apesar da intimidação das autoridades e da ameaça de prisão, ações de protesto, ainda que limitadas, têm vindo a acontecer diariamente, nos últimos 10 dias, em diferentes cidades russas.
O principal opositor do regime, Alexei Navalny, atualmente preso e frontalmente contrário ao conflito, pediu esta semana aos russos que se reúnam todos os dias na praça principal da sua cidade para exigir a paz na Ucrânia.
De acordo com a OVD-Info, mais de 200 pessoas foram interpeladas nas grandes cidades de Novosibirsk e Yekaterinburg, estando também em curso ações em Moscovo, onde a polícia foi destacada para o centro da cidade.
A ONG de direitos humanos Memorial disse que um dos seus líderes, Oleg Orlov, foi interpelado na Praça Manège, junto ao Kremlin. Uma das praças centrais de São Petersburgo (norte) foi isolada pela polícia, que ia abordando os presentes.
Para impedir qualquer crítica ao conflito, as autoridades russas adotaram na sexta-feira uma nova lei que reprime "informações falsas" sobre as atividades do exército russo na Ucrânia. De acordo com o diploma, as penas a aplicar variam de uma multa a 15 anos de prisão.
Como resultado, 'media' russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das suas atividades na Rússia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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