Erdogan pede a Putin cessar-fogo imediato em telefonema
O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, um "cessar-fogo imediato" na Ucrânia e ofereceu-se para encontrar formas de alcançar a paz no país.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"Vamos abrir o caminho para a paz juntos", disse Erdogan a Putin, numa conversa telefónica que durou uma hora.
Segundo a agência noticiosa EFE, a Presidência turca informou que, durante a conversa, Erdogan destacou a importância de uma trégua, para aliviar a crise humanitária e permitir uma solução negociada.
Por sua vez, Vladimir Putin assegurou ao Presidente turco que "a operação especial", como Moscovo classifica a invasão da Ucrânia, só vai parar se Kiev abandonar a resistência e aceitar as exigências russas, segundo a agência estatal russa RIA Novosti, citando fontes do Governo.
A mesma fonte indicou que Putin explicou a Erdogan que está disposto a dialogar, com a condição de que a Ucrânia aceite a sua desmilitarização, "desnazificação" e o compromisso de ser um país neutro, sem tentativas de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Na conversa, Erdogan disse que um cessar-fogo geral "não só aliviaria as preocupações humanitárias na região, mas também permitiria a busca de uma solução política", informou o gabinete de comunicação do Presidente turco.
O Presidente turco assegurou que continua a envidar esforços para levar a cabo negociações e que "está disposto a dar qualquer contribuição para a solução do problema da Ucrânia, o mais rapidamente possível, através de métodos pacíficos".
A Presidência turca destacou que Erdogan também discutiu a situação criada pela invasão russa da Ucrânia hoje em conversas telefónicas com outros líderes, como o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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