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Soldados ucranianos casam-se em plena guerra

Casal deu o nó em Kyiv, de onde são naturais.

Notícias ao Minuto

08:12 - 07/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Em plena guerra, dois soldados ucranianos decidiram dar o nó e foram os protagonistas de um momento de esperança entre o terror vivido nos últimos dias na Ucrânia. 

De acordo com o Washington Post, Lesya Filimonova e Valeriy Filimonov, casal que se voluntariou para defender o país após a invasão russa, casaram-se este domingo, em Kyiv, rodeados por soldados armados e jornalistas que quiseram presenciar o momento.

O vestido branco e o fato deram lugar ao uniforme militar, mas a noiva teve direito a um véu e não faltou música na cerimónia, graças ao músico ucraniano Taras Mpanichenko.

Antes da guerra, Lesya era chefe de uma organização de escoteiros e Valeriy liderava uma empresa de tecnologia de informação. Tal como muitos outros civis ucranianos, após o início da invasão russa, o casal juntou-se às forças armadas. 

O casamento  ortodoxo ocorreu num terreno junto a uma estrada movimentada e foi a primeira vez que o casal se viu desde que a guerra começou, no final de fevereiro. A filha de ambos, de 18 anos, assistiu ao momento através de uma videochamada. No final da cerimónia, e substituindo a tradição de colocar uma coroa na cabeça da noiva, Lesya recebeu um capacete militar. 

“Aqui [em Kyiv] temos tudo o que amamos e temos que defendê-lo. Não temos intenção de entregá-lo ao inimigo”, disse Lesya, citada pelo mesmo jornal. 

Houve ainda direito a presentes, como uma chaleira elétrica ou uma panela de pressão, e, no final da cerimónia, os convidados, que seguravam armas numa mão e rosas noutra, cantaram o hino nacional e entregaram as flores à noiva, para que esta tivesse um buquê.

Recorde-se que foi na madrugada de 24 de fevereiro que a Rússia lançou   uma ofensiva militar na Ucrânia. Segundo as autoridades de Kyiv, a invasão já provocou  a morte de mais de 2.000 civis. De acordo com a ONU, os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos. 

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