Secretário de Estado dos EUA diz que território da NATO será defendido
O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, disse hoje, na Lituânia, que "cada centímetro do território da NATO" será defendido, relembrando uma frase do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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Mundo Ucrânia
"O Presidente Biden já disse que defenderemos cada centímetro do território da NATO", disse Blinken em Vílnius, durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielus Landbergis.
Blinken elogiou o apoio da Lituânia à Ucrânia e reiterou o apoio de Washington à NATO, e procurou tranquilizar o país com o apoio defensivo norte-americano, enquanto as forças russas continuam a atacar a Ucrânia.
"Ninguém deve duvidar de nossa prontidão. Ninguém deve duvidar de nossa determinação", disse Blinken.
"Um ataque contra [um membro da NATO] é um ataque contra todos", reafirmou o secretário de Estado norte-americano.
Gabrielus Landbergis agradeceu a Blinken pelo reforço das tropas da NATO na Europa de Leste, mas acrescentou: "Temos de garantir a segurança dos países bálticos".
O secretário de Estado norte-americano também disse que Washington continuará, com os seus aliados, a aumentar a pressão sobre a Rússia até que Moscovo interrompa a invasão.
"E seja uma semana, seja um mês, seja mais tempo, eu absolutamente acredito que a Ucrânia vencerá", disse Blinken.
Por outro lado, Blinken destacou, na conferência de imprensa, o efeito que as sanções estão a ter na Rússia.
"O rublo está a cair, o 'rating' da dívida russa está a deteriorar-se. Estamos a fazer o que anunciámos há meses em caso de agressão contra a Ucrânia", afirmou Blinken.
Da mesma forma, Blinken destacou a coragem daqueles que na Rússia se opõem à agressão contra a Ucrânia e lembrou como mais de 5.000 pessoas foram detidas no domingo por participarem em protestos.
O Presidente lituano, Gitanas Nausedas, já tinha manifestado aos Estados Unidos e aos restantes parceiros da NATO o seu receio de o Presidente russo, Vladimir Putin, não parar na Ucrânia.
"Putin não vai parar na Ucrânia. Ajudar a Ucrânia com todos os recursos que temos é uma questão da nossa segurança como nação. Quando digo isso, com todos os recursos, quero dizer todos, se quisermos evitar uma terceira guerra mundial. A decisão está nas nossas mãos", declarou Nausedas, antes de receber Blinken.
Blinken visita hoje a Lituânia e a Letónia, duas das três ex-Repúblicas soviéticas - a terceira é a Estónia -, que atualmente pertencem à NATO.
Na terça-feira, Blinken viajará para Tallin, capital da Estónia.
Os três países bálticos estão preocupados com a agressão russa contra a Ucrânia. Os três têm fronteira com a Rússia e a Letónia também com a Bielorrússia, país aliado da Rússia.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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