A Casa Branca assegurou que os países ocidentais mantêm a sua determinação, em comunicado divulgado após uma videoconferência entre os presidentes dos EUA e França, Joe Biden e Emanuel Macron, respetivamente, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o chanceler alemão, Olaf Scholz.
No início da invasão, os países ocidentais mantiveram-se unidos em termos de sanções económicas, mas esta sintonia pareceu quebrar hoje relativamente ao embargo à importação de petróleo e gás russo, posição rejeitada pela Alemanha, que está muito dependente do fornecimento de gás russo, noticiou a agência France Presse (AFP).
Também Berlim divulgou um comunicado sobre a reunião entre os quatro líderes, onde destacou que os ocidentais apoiam todos os esforços diplomáticos para terminar com a crise na Ucrânia e defendem que a proteção dos civis é "a maior prioridade".
Estas quatro nações voltaram a instar a Rússia a "terminar imediatamente" o seu ataque "ilegítimo" à Ucrânia e a retirar a totalidade das usas tropas, revelou o gabinete do chanceler alemão, Olaf Scholz.
O ataque russo causou "dor humana e dramática" na Ucrânia e "não pode ser justificado por nada nem por ninguém", destacam ainda, segundo o comunicado alemão.
Já Macron, manteve contacto telefónico com o Presidente russo, Vladimir Putin, que recebeu o primeiro-ministro israelita, Naftali Benet, no último sábado, em Moscovo.
A China, por sua vez, afirmou que está a atuar como mediadora entre a Rússia e a Ucrânia, segundo divulgou hoje o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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