EUA mobilizam mais 500 militares para segurança da NATO na Europa

Os EUA estão a mobilizar mais 500 militares para a Europa, para fortalecer a segurança da NATO, divulgou hoje o Pentágono, que estima agora que a Rússia já enviou para a Ucrânia quase todas as tropas concentradas na fronteira.

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Lusa
08/03/2022 07:29 ‧ 08/03/2022 por Lusa

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NATO

Desde o início do ano que Washington já tinha implementado 12.000 militares na Europa, que se somaram aos que estão habitualmente destacado no velho continente.

No fim de semana, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, determinou "o envio de 500 solados para vários locais da Europa para aumentar as forças já existentes", referiu um alto funcionário do Pentágono, citado pela agência France Presse (AFP).

"Estas forças adicionais serão posicionadas para responder ao atual ambiente de segurança, à luz da renovada agressão russa à Ucrânia e para aumentar a dissuasão e as capacidades defensivas da NATO, inclusive no seu flanco leste", precisou a mesma fonte.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já referiu claramente, por diversas vezes, que estes militares enviados para a Europa não serão mobilizados para a Ucrânia ou para participar no conflito.

Estes são desdobramentos preventivos em países da NATO, visto que Kiev não é membro da Aliança Atlântica.

O alto funcionário do Departamento de Defesa acrescentou que os norte-americanos estimam agora que o Presidente russo, Vladimir Putin, já enviou para a Ucrânia quase 100% das suas forças de combate concentradas nos últimos meses na fronteira russo-ucraniana, ou seja, mais de 150.000 militares.

"Ele enviou quase todos para dentro" do país atacado, explicou.

O Pentágono aponta ainda para uma intensificação dos bombardeamentos contra várias cidades, que "atingiram alvos civis, infraestruturas civis e áreas residenciais".

Sem acusar claramente Moscovo de atacar civis deliberadamente, a mesma fonte frisou que estes ataques estão a ocorrer "com cada vez mais frequência e a uma escala cada vez maior".

Na Ucrânia, a preocupação agora é em particular com a localidade de Odessa, cidade portuária estratégica nas margens do mar Negro, que os russos estão a preparar-se para bombardear, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Achamos que os russos querem tomar Odessa", sublinhou o funcionário do Pentágono, sem descartar um possível ataque anfíbio apoiado por tropas terrestres, embora Washington não tenha nesta altura "nenhuma indicação de um possível movimento" nessa frente.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev,  já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Secretário de Estado dos EUA diz que território da NATO será defendido

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