Israel destrói casas de palestinianos acusados de ataque a colonos

As forças israelitas destruíram hoje as casas de palestinianos acusados de um ataque a um colono israelita na Cisjordânia ocupada, uma operação marcada por confrontos com residentes, segundo jornalistas da France-Presse no local.

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Lusa
08/03/2022 18:07 ‧ 08/03/2022 por Lusa

Mundo

Confrontos

 

As casas de Omar e Ghaith Jaradat, dois irmãos, e de Mohammed Jaradat foram destruídas com explosivos na aldeia de Silat al-Harithiya, perto de Jenin, cidade no norte da Cisjordânia ocupada, durante uma operação dos guardas fronteiriços e militares israelitas.

Estes palestinianos foram acusados de disparar contra um carro perto de um colonato da Cisjordânia em dezembro, um ataque em que um colono, Yehuda Dimentman, foi morto e outros dois feridos, segundo as autoridades israelitas.

Outro membro da família tinha sido detido, juntamente com mais três suspeitos, em dezembro, e a sua casa destruída em fevereiro, desencadeando confrontos com o exército israelita que causaram na altura a morte de um adolescente, baleado na cabeça.

Os confrontos voltaram a eclodir hoje na aldeia entre forças israelitas e residentes, de acordo com uma equipa da agência de notícias francesa no local.

A polícia disse, em comunicado, que disparou e usou meios de dispersão reagindo aos "violentos motins", dando conta de que dois polícias ficaram com ferimentos leves.

Do lado palestiniano, pelo menos um residente foi ferido por munições reais e outros por balas de borracha usadas pelas forças israelitas, de acordo com a agência de notícias oficial palestiniana Wafa.

Israel destrói regularmente as casas dos palestinianos que realizam ataques contra alvos israelitas. O Governo defende o efeito dissuasor desta prática, enquanto os críticos a denunciam como parte de uma punição coletiva que afeta famílias inteiras, que ficam sem abrigo.

A Cisjordânia é território palestiniano ocupado desde 1967 pelo exército israelita e ali residem 475.000 israelitas em colonatos, considerados ilegais ao abrigo do direito internacional, e cerca de 2,9 milhões de palestinianos.

 

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