Ucrânia: Governo britânico estuda envio de mais mísseis antiaéreos
O Governo britânico está a estudar "fornecer mísseis antiaéreos de alta velocidade Starstreak" a pedido da Ucrânia, salientando que é uma arma de defesa, revelou hoje o ministro da Defesa, Ben Wallace, no Parlamento.
© REUTERS/Maxim Shemetov
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"Acreditamos que este sistema permanecerá dentro da definição de armas defensivas, mas permitirá que a força ucraniana defenda melhor os seus céus. Também aumentaremos o fornecimento de rações, equipamentos médicos e outras ajudas militares não letais", adiantou, numa intervenção na Câmara dos Comuns.
Wallace disse aos deputados que o Reino Unido enviou até agora enviou 3.615 mísseis antitanque NLAW, bem como armas menores, munições, proteções corporais, botas, proteções para os ouvidos e equipamentos de comunicação para a Ucrânia, e que está a preparar o envio de mísseis antitanque Javelin também.
O ministro conservador, que salientou que o único armamento que o Reino Unido pode oferecer para evitar a escalada da guerra é defensivo, estimou que pelo menos mil civis ucranianos morreram desde o início da invasão, que hoje entrou no 14.º dia.
"O número verdadeiro é previsto ser muito mais alto e receio que o pior ainda esteja por vir", lamentou.
O ex-militar indicou que no início do conflito a Rússia tinha entre 110 e 120 grupos táticos de batalhões, em comparação com cerca de 65 na Ucrânia, além de ter mais reservas de mísseis e aeronaves.
"No entanto, o que eles não tiveram e ainda não têm é a componente moral, tantas vezes necessária para a vitória", vincou.
A informação recebida do Exército ucraniano, que Londres não conseguiu verificar de forma independente, é que "as baixas russas incluem 285 tanques, 985 veículos blindados de combate, 109 sistemas de artilharia, 50 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 44 aeronaves, 48 helicópteros e 11.000 soldados que morreram desnecessariamente", disse o ministro.
Wallace acrescentou que, de acordo com os dados ucranianos não verificados, "há inúmeras rendições e deserções de um exército russo cada vez mais desmotivado".
A análise das autoridades britânicas é que as forças russas só conseguiram cumprir um dos objetivos da invasão e que, embora já dominem várias cidades no sul do país, continuam por conquistar várias outras, além de não terem destruído totalmente as defesas antiaéreas ucranianas, o que impede o controlo do espaço aéreo.
"A presunção arrogante do Presidente [russo, Vladimir] Putin de que ele seria bem-vindo como um libertador desmoronou merecidamente tão rápido quanto o moral de suas tropas", notou o ministro.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças.
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