EUA acusam Kremlin de difundir mentiras sobre armas químicas e biológicas

O Estados Unidos da América (EUA) acusaram hoje a Rússia de "espalhar intencionalmente" teorias da conspiração e mentiras de que Washington e Kiev encontram-se a realizar atividades relacionadas com armas químicas e biológicas na Ucrânia.

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Lusa
09/03/2022 23:51 ‧ 09/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

"Essa desinformação russa é um absurdo total e não é a primeira vez que a Rússia inventa tais falsas alegações contra outro país. Além disso, essas alegações foram desmascaradas de forma conclusiva e repetida ao longo de muitos anos", indicou o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, em comunicado.

Em causa está a tentativa da Rússia de justificar as "suas próprias ações horríveis na Ucrânia" através da invenção de falsos pretextos, segundo Price.

"Os EUA não possuem ou operam nenhum laboratório químico ou biológico na Ucrânia, estão em total conformidade com suas obrigações sob a Convenção de Armas Químicas e a Convenção de Armas Biológicas, e não desenvolvem ou possuem tais armas em nenhum lugar. (...) A Rússia tem um histórico de acusar o Ocidente dos mesmos crimes que a própria Rússia comete", frisa o comunicado.

Washington salientou ainda que é a Rússia que tem programas ativos de armas químicas e biológicas e viola a Convenção sobre Armas Químicas e Armas Biológicas.

Os Estados Unidos acreditam ainda que esses tipos de alegações por parte da Rússia se prolonguem no tempo, considerando tratar-se de uma "manobra óbvia da Rússia para tentar justificar mais ataques premeditados, não provocados e injustificados" à Ucrânia.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,2 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Lavrov já está na Turquia; EUA negam aviões à Ucrânia

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