Número de mortos nos ataques 'jihadistas' no Níger subiu para 20
O total de mortos resultantes de ataques 'jihadistas' do grupo Boko Haram, na noite de segunda para terça-feira, em Diffa, no Níger e junto à fronteira com a Nigéria, subiu para 20, foi hoje anunciado.
© Getty Images
Mundo Boko Haram
Segundo a emissora Radio France Internationale, os 'jihadistas' aproveitaram a descida do nível da água no lago Chade para atravessar a pé e atacarem cinco aldeias na zona.
A região de Diffa, banhada pelo lago Chade, é palco de ataques relativamente frequentes do Boko Haram e do grupo extremista Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap, na sigla em inglês), o seu ramo dissidente.
Anteriores informações reportadas pela agência France-Presse, citando fontes locais, fixavam em pelo menos 10 o número de vítimas mortais resultantes do ataque às aldeias.
"Os atacantes começaram a matar em Lada depois das 20:00 [19:00 em Lisboa]. Depois de Lada, chegaram a Fiego à meia-noite e daí continuaram para Ngarwa Lawandi e depois seguiram para Ngarwa Koura", precisou um deputado local, citado pela agência francesa.
Maman Kaka Touda, dirigente da organização não-governamental Alternative Espace Citoyen, uma das maiores do Níger e com atividade em vários locais da região de Diffa, escreveu na rede social Twitter que o total de mortos poderia ser de pelo menos 20.
"Vinte pessoas foram assassinadas" nesses ataques atribuídos ao Boko Haram, incluindo "10 em Lada", escreveu no Twitter.
Em declarações à agência noticiosa, Kaka Touda disse que os ataques ocorreram "depois de um longo período de calma", mas "agora a insegurança regressou à região".
A região de Diffa é palco desde 2015 de ataques mortais de organizações 'jihadistas'.
No final de fevereiro, o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, saudou "a melhoria da segurança" em Diffa e anunciou que tencionava deslocar-se em breve a essa região.
Bazoum anunciou também o recrutamento de 500 soldados e o treino de mais 500 para serem colocados nas aldeias da região.
Na sua parte ocidental, perto do Mali e Burkina Faso, o país também enfrenta a ameaça terrorista por parte do Grupo de Apoio ao Islão e Muçulmanos (JNIM), ligado à Al-Qaida, e do movimento Estado Islâmico no Grande Saara (EIGS).
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