ONU regista 564 mortos e quase mil feridos entre a população civil

A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 564 mortos e 982 feridos civis, incluindo dezenas de crianças, até ao fim de quinta-feira, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).

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© Chris McGrath/Getty Images

Lusa
11/03/2022 15:06 ‧ 11/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Entre as vítimas civis, a agência da ONU contabiliza 41 crianças mortas e 52 feridas.

Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, e as 24:00 de quinta-feira (hora local), correspondendo a 15 dias de combates.

A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", disse a agência da ONU.

O ACNUDH disse que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".

A agência liderada pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet referiu, em particular, as cidades de Volnovakha, Mariupol e Izium, "onde há alegações de centenas de baixas civis" que não estão incluídas nos números divulgados hoje.

Além das baixas civis registadas pela ONU, a guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, provocou um número por determinar de baixas militares.

A guerra forçou também cerca de 4,5 milhões de pessoas a fugir de casa, das quais 2,5 milhões procuraram refúgio nos países vizinhos da Ucrânia, na pior crise do género desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Leia Também: Zelensky acusa Moscovo de atacar corredor humanitário para Mariupol

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