"Assim que forem estabelecidos os formatos legais mutuamente aceitáveis, será agendada uma reunião", a qual "será a quarta ronda de negociações", explicou o político numa entrevista ao diário russo Kommersant, citada pela agência de notícias Sputnik.
A reunião "pode acontecer amanhã, depois de amanhã". (...) Discutimos todos os problemas, agora estamos a tentar organizar estas questões num qualquer formato legal", insistiu o conselheiro.
Segundo o diário russo, o conselheiro de Zelensky disse que ambos os países estão a discutir um grande número de propostas, incluindo sobre um possível "acordo político e militar".
Em particular, as partes estão a negociar as condições para um cessar-fogo e a retirada das tropas russas da Ucrânia, indicou Podolyak, salientando que o conteúdo dos documentos finais também está a ser discutido em grupos de trabalho adicionais.
A Rússia e a Ucrânia já realizaram três rondas de negociação com delegações de ambos os países na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, desde o início da guerra, em 24 de fevereiro.
Na sequência destes contactos, os ministros dos Negócios Estrangeiros ucraniano e russo reuniram-se pela primeira vez, sob mediação da Turquia e no território deste país, na semana passada.
Em comunicado, no sábado, o Kremlin revelou que houve "uma série de conversações entre representantes russos e ucranianos, nos últimos dias, através de vídeo".
Tanto o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, como o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podolyak confirmaram a existência destes contactos.
"As negociações com a delegação russa, agora, realizam-se ininterruptamente em formato vídeo. Foram criados subgrupos especiais de trabalho", escreveu Podolyak, no sábado, no seu canal na plataforma Telegram.
A ofensiva militar russa na Ucrânia já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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