As Nações Unidas estimam, esta segunda-feira, que até agora já foram registadas pelo menos 1.663 vítimas civis na Ucrânia. Segundo o alto-comissariado para os Direitos Humanos houve 596 mortos e 1.067 feridos, causados na sua maioria pelo uso de armas explosivas com ampla área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e lança 'rockets' de múltiplo disparo, mísseis e ataques aéreos.
As vítimas dividem-se, segundo o relatório, em: 596 mortos (124 homens, 85 mulheres, 10 meninos e 6 meninas, bem como 27 crianças e 344 adultos cujo sexo ainda é desconhecido) e 1.067 feridos (97 homens, 69 mulheres, 14 meninas e 4 meninos, bem como 39 crianças e 844 adultos cujo sexo ainda é desconhecido).
O alto-comissariado acrescenta ainda que nas regiões de Donetsk e Luhansk houve 695 vítimas (137 mortos e 558 feridos) - em território controlado pelo governo: 542 vítimas (111 mortos e 431 feridos) e em território controlado pelas autoproclamadas 'repúblicas': 153 vítimas (26 mortos e 127 feridos).
Noutras regiões da Ucrânia - Kyiv, Cherkasy, Chernihiv, Kharkiv, Kherson, Mykolaiv, Odessa, Sumy, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Zhytomyr - 968 vítimas (459 mortos e 509 feridos).
Creem, no entanto, que os números reais sejam consideravelmente maiores, especialmente em território controlado pelo governo e nos últimos dias, pois o envio de informações de alguns locais onde ocorreram ataques foi atrasado. Como, por exemplo, em Izium (região de Kharkiv), Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), onde há relatos de centenas de vítimas civis, mas esses números ainda estão a ser confirmados e não estão incluídos nas estatísticas acima.
Recorde-se que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU. A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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