A coluna de veículos conseguiu cruzar a estrada que liga este porto estratégico do Mar de Azov à cidade ucraniana de Zaporozhe por volta das 13:00 locais (11:00 em Lisboa), segundo indicou a câmara municipal de Mariupol na aplicação de mensagens Telegram.
A autarquia não especifica, no entanto, quantas pessoas conseguiram fugir da cidade, onde as condições são catastróficas após dias de bombardeio e cerco.
"Atualmente, o cessar-fogo está a ser observado no corredor humanitário", disse a mesma fonte.
No domingo, o município de Mariupol registou 2.187 moradores mortos em ataques russos desde a invasão em 24 de fevereiro.
Várias tentativas de entregar ajuda humanitária à cidade, no sudeste da Ucrânia, falharam nos últimos dias.
Uma coluna humanitária, acompanhada por padres ortodoxos, com 100 toneladas de água, alimentos e medicamentos teve, no domingo, de voltar para trás devido aos disparos incessantes dos russos. Uma nova tentativa foi marcada para hoje.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha alertou no domingo para "um cenário ainda pior" em Mariupol caso os beligerantes "não cheguem, com urgência, a um acordo humanitário".
"O tempo está a esgotar-se para as centenas de milhares de pessoas presas no meio dos combates. A história julgará com horror o que está a acontecer em Mariupol se não for alcançado, o mais depressa possível, um acordo entre as partes", afirmou a Cruz Vermelha, em comunicado.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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