A 'joint venture' Naoc, administrada pela Eni, anunciou em comunicado que a explosão ocorreu em Nembe, no Estado de Bayelsa, o que obrigou a reduzir as exportações do terminal Brass em 25.000 barris por dia (bpd).
O incidente, que ocorreu na linha 24 Ogoda/Brass Oil Line, em Okparatubo, na zona do governo local de Nembe, "foi causado por uma explosão, que causou um derrame", lê-se no comunicado, sem explicar as causas.
A empresa disse que os poços ligados ao oleoduto foram imediatamente fechados enquanto barreiras flutuantes e barcaças de contenção foram mobilizadas para reduzir o impacto do derrame.
Na Nigéria, maior produtor de petróleo em África, as empresas petrolíferas são regularmente apontadas como culpadas pelos desastres ecológicos, assim como grupos criminosos que perfuram oleodutos para saquear petróleo bruto.
Segundo a empresa, esta foi a segunda explosão em poucos dias, após um incidente anterior em 28 de fevereiro na estação de fluxo de Obama, que levou a uma queda na produção de 5.000 bpd.
O diretor da Agência Nacional de Deteção e Resposta a Derrames de Petróleo, Idris Musa, disse que as duas explosões foram causadas por atos de vandalismo.
Segundo aquele responsável, 20 barris vazaram no primeiro incidente e 1.250 barris foram derramados no segundo.
Residentes nas aldeias de pescadores que operam em riachos e perto da costa atlântica em Nembe e Brass denunciaram as consequências negativas dos frequentes derrames na área.
"Sempre que há um derrame, as nossas redes e outros equipamentos de pesca ficam encharcados de petróleo, e somos condenados a não poder voltar a usá-los porque o cheiro de petróleo afasta os peixes", lamentou Noel Ikonikumo, presidente de uma associação local de pescadores.
"Escrevemos para as empresas interessadas pedindo que nos ouvissem e nos ajudassem, mas não recebemos nenhuma resposta", lamentou.
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