Como resultado, a Rússia mudou a sua abordagem desde a invasão de 24 de fevereiro e passou a "atacar estruturas civis", acrescentou o ministro Zbigniew Rau, acusando Moscovo de "terrorismo de Estado" pelo qual os seus autores "serão julgados".
Recordando a acusação de Moscovo de falta de imparcialidade na presidência polaca da OSCE, o chefe da diplomacia da Polónia sublinhou que "a imparcialidade acaba onde começam as violações do direito humanitário internacional".
No âmbito da OSCE, "a Rússia teve todas as oportunidades de trabalhar diplomaticamente nas suas preocupações de segurança", mas "o pior cenário traduziu-se em realidade", lamentou o ministro perante os membros dos Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).
"A agressão da Rússia põe em causa a OSCE, põe em causa a sua organização e o seu futuro", denunciou ainda.
O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco anunciou que em breve visitará a Moldova e os Balcãs para mobilizar esforços a favor de uma solução pacífica para a crise e também para a renovação da OSCE, organismo cuja existência se centra no diálogo, cooperação e segurança regional.
A ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada a 24 de fevereiro, já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre os civis, segundo os mais recentes dados da ONU.
Mais de 4,8 milhões de ucranianos fugiram das suas casas, tendo 2,8 milhões deixado o país, avançou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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