O presidente da Ucrânia pediu, esta quarta-feira, que os Estados Unidos (EUA) ajudem o país a combater a invasão das tropas russas no país, seja a partir da inclusão de uma zona de exclusão aérea, seja com a imposição de mais sanções à Rússia, do encerramento dos mercados russos, ou fazendo pressão sobre a Duma.
Volodymyr Zelensky pediu que os EUA insistissem “até que a máquina de guerra russa pare” e que o governo presidido por Joe Biden deixe os mercados e empresas que "estão cheias de sangue".
Durante o seu discurso para o senado estadunidense, Zelensky voltou a insistir na criação de uma zona de exclusão, argumentando que as cerca de “mil bombas” que têm caído em céu aberto têm provocado a morte de pelo menos 103 crianças, segundo os dados que revelou. “Não vejo qualquer sentido na vida quando não consigo evitar as mortes”, disse. “Queremos algo que impeça este terror", acrescentou.
Ao 21.º dia de guerra o presidente da Ucrânia disse ainda que a Rússia atacou o povo ucraniano não só atacou o país de “uma forma brutal”, como também os valores humanos.
Recordando os ideais americanos, Zelensky afirmou que queria para o seu povo aquilo que os americanos conhecem "muito bem". "Democracia, independência, liberdade [...]. Aquilo que é uma parte normal de uma vida normal", disse, apelado à promoção de um mundo livre.
"Neste momento, estamos a lutar não só pela Ucrânia, como também a defender os valores da Europa e do mundo", disse.
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