China diz que vai proteger as suas empresas das sanções contra a Rússia

O Ministério do Comércio da China disse hoje que Pequim vai tomar as "medidas necessárias" para proteger as empresas chinesas das sanções impostas pelos governos ocidentais contra a Rússia após a invasão da Ucrânia.

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Lusa
17/03/2022 11:51 ‧ 17/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O comentário foi feito em resposta a uma questão sobre as advertências dos Estados Unidos para "consequências", caso as empresas chinesas tentem contornar as sanções.

O porta-voz do ministério, Gao Feng, disse que a China se opõe a qualquer forma de sanções unilaterais e "jurisdição de longo alcance", sem base no direito internacional.

"A imposição de sanções económicas não apenas não resolve os problemas de segurança, como também prejudica a vida das pessoas nos países envolvidos, perturba o mercado global e agrava ainda mais a situação na economia mundial, que está já em desaceleração", afirmou Gao.

O porta-voz disse que a China vai tomar as medidas necessárias para salvaguardar os interesses comerciais normais e os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, mas não deu detalhes.

O comércio entre a China e a Rússia subiu 35,9%, em 2021, em termos homólogos, para um valor recorde de 146,9 mil milhões de dólares (cerca de 132 mil milhões de euros), segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China.

A Rússia é um importante fornecedor de petróleo, gás, carvão e bens agrícolas, beneficiando de um superavit comercial com a China.

Desde que sanções contra a Rússia foram impostas, em 2014, depois da anexação da Crimeia, o comércio bilateral entre Pequim e Moscovo cresceu mais de 50%.

A China tornou-se o maior destino das exportações da Rússia.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 22.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, bem como mais de três milhões de refugiados.

A invasão russa foi novamente condenada pela generalidade da comunidade internacional e motivou um pacote de sanções contra interesses russos, mais duro do que em 2014.

Leia Também: Covid-19. Cerca de 95% dos casos em surto na China são assintomáticos

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