No relatório diário sobre vítimas civis confirmadas desde o início da agressão militar russa na Ucrânia, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de quinta-feira (hora local), 58 crianças entre os mortos e 74 entre os feridos.
A Alto Comissariado da ONU acredita que os dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo em território controlado pelo Governo e especialmente nos últimos dias, porque os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.
Esta situação verifica-se sobretudo em Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), Izium (região de Kharkiv), Sievierodonetsk e Rubizhne (região de Lugansk) e Trostianets (região de Sumy), onde há alegações de numerosas baixas civis.
Estes números estão a ser ainda corroborados e não estão incluídos nas estatísticas, adverte a agência da ONU para os direitos humanos no seu relatório diário.
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas de vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", refere ainda a ACNUDH.
A guerra na Ucrânia também já provocou um número por determinar de baixas militares e levou mais de 3,2 milhões de pessoas a fugir do país, segundo dados da ONU, a maioria para os países vizinhos.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores.
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