EUA veem "poucas provas" de que Rússia esteja a recrutar na Síria
O chefe do Comando Central (CENTCOM) das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Kenneth McKenzie, declarou hoje que há "poucas provas" de que a Rússia esteja a recrutar mercenários na Síria para enviar para a Ucrânia.
© Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Numa conferência de imprensa virtual a partir do Pentágono, convocada para se despedir antes de passar à reserva a 01 de abril, McKenzie disse: "Temos visto poucas provas de um recrutamento [russo] de mercenários na Síria para levar para a Ucrânia, mas também não estou a dizer que isso não possa estar a acontecer".
A Rússia iniciou a sua intervenção militar na Síria em setembro de 2015, para ajudar o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, o que mudou o equilíbrio de forças no campo de batalha a favor das tropas governamentais.
Na semana passada, Moscovo indicou que cerca de 16.000 voluntários do Médio Oriente estão dispostos a ajudá-la na guerra na Ucrânia, onde a Rússia lançou uma ofensiva em três frentes a 24 de fevereiro, sem precisar quantos deles são procedentes da Síria.
Sobre movimentos de soldados russos a partir do território sírio, o general norte-americano afirmou que não constataram alterações nos níveis das forças russas na Síria.
"Aumentaram e diminuíram um pouco, mas se se olhar para os últimos anos, e se se olhar longitudinalmente, não vimos uma retirada de forças [russas] da Síria para regressarem à Rússia", referiu.
A área de operações do CENTCOM abrange 21 países e estende-se do norte de África ao Médio Oriente e ao centro e sul da Ásia.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de 5,2 milhões de pessoas, mais de 3,2 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 23.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos e feridos.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças.
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