Os empresários Mikhail Fridman, Petr Aven e German Khan tinham processado a Fusion GPS, empresa de investigação e inteligência, e um dos fundadores, Glenn Simpson, em 2017.
Segundo revelou na sexta-feira um tribunal federal, este processo foi arquivado.
Os oligarcas, cofundadores do Alfa Bank, com sede na Rússia, alegavam ter sido difamados por várias considerações que aquela investigação financiada pelos democratas gerou.
A Fusion encomendou o trabalho ao ex-espião britânico, Christopher Steele, para que este produzisse dados sobre a relação entre Trump e o Kremlin (presidência russa).
O dossier Steele foi amplamente desacreditado desde a sua divulgação, com aspetos centrais da investigação a serem expostos como rumores não comprovados.
Atualmente, as sanções impostas pelos Estados Unidos contra os oligarcas e o banco, devido à invasão russa da Ucrânia, podem ter complicado o processo para provar a difamação.
Na terça-feira, os advogados da Fusion GPS tinham pedido a um juiz federal para arquivar o caso, observando que as sanções "ilustram em detalhe que as alegadas declarações difamatórias são verdadeiras e certamente devem persuadir qualquer juiz razoável de que nenhum dos autores [do processo] jamais terá sucesso em provar que essas declarações são falsas".
Também o Reino Unido incluiu os três oligarcas russos num conjunto de sanções divulgado esta semana, garantindo que o governo britânico estava a ir "mais longe e mais rápido do que nunca para atingir os mais próximos" do Presidente russo, Vladimir Putin.
O Departamento do Tesouro norte-americano sancionou no mês passado o Alfa Bank e outras instituições financeiras russas, e a União Europeia (UE) sancionou Aven e Fridman.
O Alfa Bank divulgou que Fridman e Aven deixaram o conselho de administração e que Khan deixou a lista de beneficiários.
Os oligarcas não deram nenhuma explicação sobre o arquivamento do processo, mas os seus advogados referiram que ambas as partes estipularam que a ação judicial seria "arquivada com prejuízo de todas as reivindicações".
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