Ministro ucraniano critica empresas multinacionais (ainda) na Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano partilhou uma fotografia aérea do teatro de Mariupol - bombardeado pelas tropas russas - e questionou as multinacionais: “Como é que podem alimentar, servir e pagar aqueles que fizeram isto?”

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Márcia Guímaro Rodrigues
19/03/2022 22:50 ‧ 19/03/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Dmytro Kuleba

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, criticou este sábado as empresas multinacionais que ainda operam e mantêm negócios na Rússia. Sublinhe-se que mais de 400 empresas - incluindo as gigantes norte-americanas McDonald's e Apple - suspenderam as suas operações no país desde o início da invasão da Ucrânia. 

Na rede social Twitter, o governante partilhou uma fotografia aérea do teatro de Mariupol - bombardeado pelas tropas russas - e questionou as multinacionais: “Como é que podem alimentar, servir e pagar aqueles que fizeram isto?”

“Estas são as ruínas do Teatro Dramático em Mariupol, onde centenas de civis se esconderam. Um crime de guerra russo desumano. Quero perguntar às empresas multinacionais que ainda trabalham com ou na Rússia: como é que podem continuar a fazer negócios com eles? Como é que podem alimentar, servir e pagar aqueles que fizeram isto?”, escreveu.

Na passada quinta-feira, o teatro da cidade portuária de Mariupol foi bombardeado pelas tropas russas, numa altura em que albergava cerca de mil pessoas, a maioria mulheres e crianças. Segundo os mais recentes dados, revelados na sexta-feira, o ataque não fez qualquer vítima mortal, mas provocou um ferido grave

O teatro deverá ser reconstruído com o financiamento de Itália, depois de o ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, revelar no Twitter que o Conselho de Ministros do país “aprovou” uma “proposta para oferecer à Ucrânia os recursos para reconstruir [o teatro] o mais cedo possível.” 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já agradeceu a “oferta” e afirmou que o ministro italiano “estabeleceu um bom exemplo para seguir”. “Juntos vamos reconstruir o país até ao último tijolo”, afirmou.

Assinala-se hoje o 24.º desde o início da invasão russa da Ucrânia. Segundo dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, até ao final do dia de sexta-feira. Há ainda mais de 3,3 milhões de refugiados que fugiram para os países vizinhos. 

Leia Também: AO MINUTO: Poroshenko insta Biden a ir à Ucrânia; 6 mil civis retirados

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