Ucrânia. Pentágono está a recolher provas de crimes de guerra russos

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos está a recolher provas de crimes de guerra cometidos pelas forças russas durante a invasão da Ucrânia, para eventuais processos contra os responsáveis na justiça, divulgou hoje o porta-voz do Pentágono.

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© Niall Carson/PA Images via Getty Images

Lusa
21/03/2022 22:26 ‧ 21/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O Pentágono está a contribuir "para o processo de investigação", explicou o porta-voz, John Kirby, em conferência de imprensa.

No entanto, a mesma fonte lembrou que qualquer que seja o desfecho, não será por uma decisão da liderança do Pentágono.

John Kirby apontou que os EUA estão a assistir a "ataques indiscriminados contra civis ucranianos" por parte da Rússia, referindo que "em muitos casos são intencionais".

"Claramente, [os russos] estão a causar um grande número de baixas civis", acrescentou, citado pela agência EFE.

Quer o Presidente norte-americano, Joe Biden, quer o secretário de Estado, Antony Blinken, já acusaram as forças russas de cometerem crimes de guerra na Ucrânia.

Por agora, o Departamento de Estado norte-americano ainda não fez uma declaração formal de que Moscovo esteja a cometer crimes de guerra, mas revelou que abriu um processo "legal" a este respeito.

Também hoje, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, prometeu que os países ocidentais vão responsabilizar a Rússia utilizando "todos os meios e mecanismos disponíveis".

"Os tribunais decidirão, mas para mim são crimes de guerra e crimes contra a humanidade", atirou Baerbock, durante um discurso no Fórum Humanitário Europeu, em Bruxelas, organizado em conjunto pela Comissão Europeia e pela presidência francesa do Conselho.

Durante este evento, vários ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) referiram-se à necessidade de proteger os civis no conflito na Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AIEA pede à UE que apoie acordo sobre segurança das centrais nucleares

 

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