"Até ao momento, nenhum sobrevivente foi encontrado", afirmou o diretor de segurança da Administração da Aviação Civil da China (CAAC), Zhu Tao, aos jornalistas.
Zhu Tao acrescentou que as caixas negras ainda não foram encontradas, mas que as buscas continuam na região.
"Dado que a investigação começou agora, não podemos emitir uma opinião clara sobre as causas do acidente com base nas informações que temos", referiu o diretor de segurança da CAAC.
A queda do voo MU5735 na segunda-feira, numa encosta arborizada, perto da cidade de Wuzhou, no sul da província de Guangxi, ocorreu cerca de uma hora depois de o avião partir de Kunming, capital da província vizinha de Yunnan.
A aeronave fazia a ligação entre Kunming (sudoeste) e Guangzhou (sul). A bordo do avião seguiam 132 pessoas, 123 passageiros e nove tripulantes, indicou a Administração da Aviação Civil da China.
A companhia aérea China Eastern, que operava o voo, é uma das quatro principais transportadoras chinesas, juntamente com a Air China, a China Southern Airlines e o grupo HNA. Fundada em 1995, a empresa China Eastern tem sede no Aeroporto Internacional de Pudong, em Xangai.
A China, um dos três principais mercados de aviação civil do mundo, não registava até segunda-feira um acidente aéreo com mais de cinco mortes desde 2010.
Em 24 de agosto de 2010, um Embraer ERJ 190-100, operado pela Henan Airlines, com 96 pessoas a bordo despenhou-se quando se preparava para aterrar em Yichun, no nordeste do país.
No acidente e no incêndio que deflagrou morreram 44 pessoas, enquanto 52 sobreviveram. Os investigadores atribuíram o acidente a um erro do piloto, que estava a aterrar à noite, com visibilidade reduzida.
A segurança da indústria no país asiático melhorou bastante, depois da ocorrência de uma série de acidentes mortais nas décadas de 1990 e 2000. As Forças Armadas chinesas sofreram alguns acidentes fatais, mas há pouca informação disponível.
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