"Os russos disseram que em três semanas tomariam Kiev. Como presidente da Câmara, prometo uma coisa: eles nunca vão entrar em Kiev", disse o ex-pugilista ucraniano.
Antes da sessão plenária do Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, Vitali Klitschko assegurou que "ninguém na Ucrânia se sente seguro" apelou por apoio político, económico e militar da Europa.
"Precisamos de armas", implorou o autarca, que justificou o pedido dizendo que estão a lutar contra "um dos exércitos mais poderosos do planeta" e alertou que o Presidente russo, Vladimir Putin, quer recriar a antiga União Soviética com a Ucrânia.
A Ucrânia, acrescentou, decidiu ser "democrática e europeia": "Não queremos viver sob uma ditadura, num país onde não há direitos humanos, liberdade de imprensa ou qualquer outra liberdade para os cidadãos".
Vitali Klitschko defendeu o caráter pacífico do seu país, alegando que nunca atacou "ninguém", e lembrou que em 1994 era uma potência nuclear e entregou o seu arsenal como aposta pela paz, em troca da garantia russa de independência e integridade territorial.
O autarca de Kiev foi homenageado no plenário, que aplaudiu o seu discurso por mais de um minuto.
O ministro ucraniano do Desenvolvimento das Comunidades e Territórios, Oleksiy Chernyshov, participou também na sessão, chamando a Rússia várias vezes de "estado terrorista", onde 80% dos cidadãos está a favor da invasão.
"Por quanto tempo as empresas estrangeiras que continuam a trabalhar na Rússia vão continuar a financiar o terrorismo enchendo os seus cofres?", questionou o governante, a partir de um abrigo antibombas.
A sessão plenária deve aprovar hoje uma declaração a condenar o ataque armado em território ucraniano e a garantir que "não é possível cooperar com delegação russa no Congresso até que a integridade territorial da Ucrânia seja restaurada".
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