Uma jornalista russa morreu, esta quarta-feira, enquanto filmava os destroços deixados pelos bombardeamentos do centro comercial em Kyiv. Outro míssil atingiu o espaço, provocando outra vítima mortal e, pelo menos, dois feridos.
Oksana Baulina estaria a trabalhar para o Insider, um site de notícias independente. A jornalista trabalhava alternadamente em Kyiv e Lviv, focando-se, sobretudo, em histórias relacionadas com a corrupção do governo russo.
Depois de trabalhar durante dez anos na Time Out Moscovo e na In Style, Baulina começou a trabalhar em temas ligados à política e corrupção, tendo feito parte também da Fundação Anticorrupção, uma organização sem fins lucrativos criada pelo opositor do Kremlin Alexei Navalny. Baulina chegou a ser detida durante um protesto contra o governo russo e, após Vladimir Putin classificar a organização como extremista, a jornalista teve que fugir do país.
Oksana Baulina, a journalist with The Insider, died in #Kyiv
— NEXTA (@nexta_tv) March 23, 2022
A woman died under fire in Kyiv while carrying out an editorial assignment. She was filming the destruction after #Russian troops shelled the #Podolsk district of the #Ukrainian capital and was hit by new rocket fire. pic.twitter.com/P2acYZI3Cf
"Vamos continuar a cobrir a guerra na Ucrânia, incluindo os crimes de guerra russos e os bombardeamentos indiscriminados nas áreas residenciais, que têm resultado na morte de jornalistas e civis", pode ler-se numa nota escrita por responsáveis da Insider.
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