Canadá fala em "momento decisivo" na guerra e que é preciso agir
O primeiro-ministro canadiano defendeu hoje que o Canadá, a UE e a NATO enfrentam "um momento decisivo" em relação à guerra da Ucrânia, sendo preciso "impor sanções sem precedentes a Putin" e seus apoiantes.
© Getty Images
Mundo Canadá
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, falava no Parlamento Europeu (PE), durante um debate que se centrou na guerra na Ucrânia, iniciada há quase um mês pela Rússia, mostrando o seu apoio à União Europeia e NATO.
"Não podemos desiludir a Ucrânia. Estão a contar connosco. Portanto, temos de utilizar todas as ferramentas que estejam à nossa disposição. Temos de continuar a impor sanções sem precedentes a Putin e aos seus capacitadores na Rússia e na Bielorrússia, aumentando a pressão, tanto quanto pudermos", afirmou.
O primeiro-ministro canadiano criticou "a invasão criminosa de Putin de uma democracia soberana, independente - a Ucrânia".
"Vladimir Putin tem violado as normas mais básicas do direito internacional. Está agora a matar civis inocentes ao bombardear hospitais e edifícios residenciais. Este desrespeito flagrante pela lei e pela vida humana representa uma ameaça tremenda para a Europa e para o mundo", disse.
O primeiro-ministro declarou que "o Canadá, a UE e todos os nossos parceiros e aliados enfrentam um momento decisivo. Não podemos falhar. Temos de estar à altura deste momento. Putin pensava que a democracia era fraca. Pensava que podia enfraquecer a UE e a NATO. Mas calculou mal. A NATO e a UE estão agora mais determinadas e unidas do que nunca".
No início do debate, a presidente do PE, Roberta Metsola, sublinhou que o Canadá é um aliado e um parceiro importante para a UE: "A nossa relação resistiu ao teste do tempo", disse.
Referindo-se à invasão russa da Ucrânia, Metsola salientou que os valores partilhados pela UE e pelo Canadá estavam a ser atacados. "Este é o momento de a nossa geração estar à altura do mundo que herdámos", declarou.
Vários eurodeputados agradeceram a presença de Justin Trudeau no PE, revestida de uma "importância simbólica" e saudaram o Canadá pelo seu apoio nestes "tempos sombrios" para a Europa e para o mundo.
Os eurodeputados voltaram a apelar à introdução de mais sanções contra a Rússia, defendendo que a democracia custa, mas não o fazer custará ainda mais.
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