Mais de mil civis morreram desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, avançou esta quinta-feira o gabinete do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos. Mas, alerta, “os números reais serão consideravelmente maiores”.
“A maioria das baixas civis registadas foi causada pelo uso de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo artilharia pesada e sistemas de ‘rockets’ de lançamento múltiplos, mísseis e ataques aéreos”, informa a organização em comunicado, citado pela imprensa internacional.
O órgão da ONU acrescenta que, dos 1.035 civis mortos, “214 são homens, 160 mulheres, 14 meninas e 28 meninos, bem como 38 crianças e 571 adultos cujo sexo ainda é desconhecido.” Há ainda, pelo menos, 1.650 civis feridos.
Nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk registam-se 311 civis mortos e 857 feridos. Já noutras regiões, que incluem as cidades de Kyiv, Cherkasy, Chernihiv, Kharkiv, Kherson, Mykolaiv, Odessa, Sumy, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Zhytomyr, contabilizam-se 724 mortos e 793 feridos.
No comunicado, Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos afirma que “acredita que os números reais serão consideravelmente maiores”, uma vez que “a receção de informação de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades foi adiada” e muitos “relatórios ainda aguardam confirmações”, incluindo em cidades “onde há alegações de inúmeras vítimas civis”.
Assinala-se esta quinta-feira um mês desde o início da invasão russa da Ucrânia, que já provocou a deslocação de mais de 10 milhões de ucranianos, mais de três milhões dos quais fugiram para países vizinhos.
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