Segundo o exército e a imprensa local, 80% da região de Irpin, no nordeste, foi reconquistada, mas ainda são audíveis os disparos de artilharia e os tiros dos pontos de controlo.
Nesses locais, ao contrário do resto da cidade, o controlo é feito por militares fortemente armados que só permitem o acesso a civis que vivam nas zonas residenciais em disputa, membros das forças de defesa territorial ou equipas de apoio logístico.
O resto das pessoas, incluindo os jornalistas, está impedida de se aproximar.
Segundo fontes militares, citadas pelos media locais, as tropas ucranianas fizeram os russos recuar as suas linhas de combate cerca de 15 quilómetros.
Na cidade de Vyshhorod, no norte de Kyiv, as pessoas passeiam-se nas ruas a poucos quilómetros dos combates.
"Já esteve pior, agora estamos melhor. Mas estamos preparados para o pior de novo", resume Tanya, junto a um centro de recolha e distribuição de bens na avenida principal da cidade.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, mais de 1.000 mortos, incluindo 90 crianças, e mais de 1.500 feridos, dos quais 118 são menores.
O conflito também provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,7 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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