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Mulheres grávidas retiradas de maternidade estavam no teatro de Mariupol

Estariam dentro do teatro, nos camarins dos atores, zona que foi bombardeada.

Mulheres grávidas retiradas de maternidade estavam no teatro de Mariupol
Notícias ao Minuto

08:28 - 26/03/22 por Marta Amorim com Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

As mulheres grávidas que tinham sido resgatadas de uma maternidade bombardeada em Mariupol, Ucrânia, foram transferidas para o teatro por razões de segurança.

Sete dias mais tarde, o teatro também foi atingido. Diana Berg, que vivia ao lado do teatro mas escapou da cidade antes de ser bombardeada, contou à Sky News o que ali se viveu.

"Sei que havia mulheres grávidas que foram trazidas da maternidade que foi bombardeada nos dias anteriores", diz.

"Foram trazidas para o teatro porque era um grande edifício e colocaram estas mulheres grávidas acompanhadas por filhos nos camarins dos atores. Foi esta parte que foi bombardeada. Estavam no teatro, exatamente no ponto em que foi atingido. Isso é o que sabemos".

O hospital número três em Mariupol era um hospital infantil e uma maternidade. Aquando do bombardeamento, estavam ainda jornalistas na cidade agora dizimada e conseguiram fotografar as mulheres grávidas feridas a tentarem fugir para salvar as suas vidas. 

A Câmara Municipal de Mariupol afirmou que, segundo testemunhas oculares, pelo menos 300 pessoas perderam a vida no ataque ao teatro e não é claro quantas mais podem ainda estar ainda entre os escombros.

O edifício ficou reduzido a escombros, numa altura em que, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, estavam "refugiados centenas de civis inocentes".

Mariupol, uma estratégica cidade portuária ucraniana na costa do mar interior de Azov, localizada entre a península da Crimeia (anexada pela Rússia em 2014) e o leste separatista do Donbass, está cercada pelas tropas russas há várias semanas, já que a sua conquista é um objetivo prioritário da Rússia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

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