Mulheres grávidas retiradas de maternidade estavam no teatro de Mariupol
Estariam dentro do teatro, nos camarins dos atores, zona que foi bombardeada.
© @StratcomCentre/Twitter
Mundo Ucrânia/Rússia
As mulheres grávidas que tinham sido resgatadas de uma maternidade bombardeada em Mariupol, Ucrânia, foram transferidas para o teatro por razões de segurança.
Sete dias mais tarde, o teatro também foi atingido. Diana Berg, que vivia ao lado do teatro mas escapou da cidade antes de ser bombardeada, contou à Sky News o que ali se viveu.
"Sei que havia mulheres grávidas que foram trazidas da maternidade que foi bombardeada nos dias anteriores", diz.
"Foram trazidas para o teatro porque era um grande edifício e colocaram estas mulheres grávidas acompanhadas por filhos nos camarins dos atores. Foi esta parte que foi bombardeada. Estavam no teatro, exatamente no ponto em que foi atingido. Isso é o que sabemos".
O hospital número três em Mariupol era um hospital infantil e uma maternidade. Aquando do bombardeamento, estavam ainda jornalistas na cidade agora dizimada e conseguiram fotografar as mulheres grávidas feridas a tentarem fugir para salvar as suas vidas.
A Câmara Municipal de Mariupol afirmou que, segundo testemunhas oculares, pelo menos 300 pessoas perderam a vida no ataque ao teatro e não é claro quantas mais podem ainda estar ainda entre os escombros.
O edifício ficou reduzido a escombros, numa altura em que, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, estavam "refugiados centenas de civis inocentes".
Mariupol, uma estratégica cidade portuária ucraniana na costa do mar interior de Azov, localizada entre a península da Crimeia (anexada pela Rússia em 2014) e o leste separatista do Donbass, está cercada pelas tropas russas há várias semanas, já que a sua conquista é um objetivo prioritário da Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
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