"Esperamos e rezamos para que esta guerra, vergonhosa para todos nós, para toda a Humanidade, termine quanto antes. Cada dia que passa é inaceitável; cada dia há mais mortes e destruição", disse o pontífice.
Francisco falava numa audiência no Vaticano com membros da Federação Italiana de Transcetores, que reúne cerca de 350 organizações da rádio.
O Papa elogiou, por outro lado, a mobilização de muitas pessoas "para ajudar os refugiados, gente anónima, sobretudo nos países vizinhos, mas também em Itália, onde chegaram e continuam a chegar milhares de ucranianos".
"A Europa está a dar a sua resposta a esta guerra, não apenas ao nível das instituições, mas também na sociedade civil, através de associações de voluntários", uma ajuda "indispensável" perante uma "ferida tão grave e tão grande como a da guerra", sublinhou.
O Papa defendeu a ajuda aos refugiados, "não apenas neste momento, mas depois, quando se desvanecer a recordação da guerra, porque nessa altura terão mais dificuldades do que agora".
Dirigindo-se especialmente à federação das rádios, pediu ainda um esforço permanente para manter a independência: "pode ser decisiva quando um regime ou um centro de poder quer controlar as comunicações".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.081 mortos, incluindo 93 crianças, e 1.707 feridos, entre os quais 120 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, das quais 3,7 milhões foram para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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