O presidente da Ucrânia disse, este domingo, que o Kremlin estava “assustado” com a entrevista dada por ele aos meios de comunicação russos e que essa era a razão pela qual tinha censurado as declarações.
“[A Rússia] destruiu a liberdade de expressão na sua nação, e estão a tentar destruí-la na nação vizinha. Eles julgam-se os maiores. E têm medo de conversas relativamente curtas com vários jornalistas”, disse durante a comunicação deste domingo.
Volodymyr Zelensky disse, no entanto, que se censurar as declarações dadas por videoconferência a jornalistas da cadeia televisiva da oposição Dojd, do 'site' independente Meduza, bloqueado na Rússia, e do diário Kommersant tinha sido a reação do governo russo, então a Ucrânia “estava a fazer o que é certo”. “Significa que eles estão nervosos”, acrescentou.
A guerra provocou a fuga de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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