Os serviços de inteligência norte-americanos rejeitaram, esta segunda-feira, a ideia de que Roman Abramovich e dois outros negociadores terão sido envenenados. Segundo o porta-voz da presidência ucraniana, "há muita especulação e várias teorias da conspiração" sobre a alegada tentativa de envenenamento que os três homens teriam sofrido, após uma reunião com o presidente da Ucrânia.
Para além do conselheiro, Mykhailo Podolyak, também Rustem Umerov, um outro membro das negociações de paz, apelou a que as pessoas "não confiem em informação não verificada".
Paralelamente, uma fonte dos serviços secretos norte-americanos, citada pela Reuters, indicou que os olhos vermelhos, descamação e ardor ao lacrimejar ter-se-ão devido a fatores "ambientais" e não a envenenamento. "A informação aponta para que [o mal-estar] tenha sido ambiental", indicou a fonte, sob condição de anonimato.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou num discurso emitido na televisão, segundo a Reuters, que "todas as pessoas estão sedentas de notícias". No entanto, Dmytro Kuleba aconselhou "toda a gente que negoceie com a Rússia a não beber ou comer alguma coisa e, de preferência, a evitar tocar em superfícies".
Uma outra fonte, pertencente ao gabinete de Volodymyr Zelensky, disse à BBC que, apesar de não ter falado com Roman Abramovich, os dois ucranianos que também teriam sido envenenados estão "bem", tendo um deles dito, segundo a mesma fonte, que a história do envenenamento é "falsa".
Recorde-se que o Wall Street Journal avançou na segunda-feira que Roman Abramovich tinha sofrido uma tentativa de envenenamento em Kyiv, assim como dois membros ucranianos das negociações de paz. Foi também noticiado pela publicação que o oligarca teria ficado temporariamente cego e que especialistas tinham que não tinha sido possível perceber se o envenenamento tinha sidoa partir um substâncias químicas ou biológicas.
O Kremlin não respondeu às acusações.
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